segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Oh Pah... e não dei banho ao cão!



"Cavacas"

Ontem, deu-me para ver um programa / concurso, importado não sei de onde, que se propões escolher a melhor pastelaria de Portugal, mas como é importado chama-se “Best Bakery”.

Muito fraquinho! Os juízes bem se esforçam, até cheiram os doces, usam faca e garfo, mas não vão lá. Ontem até descobriram um doce chamado “Coininhas” (não, não tem nenhuma letra a mais, seus ordinários!), e em Lisboa, escolheram uma pastelaria que faz “éclairs” e “macarrons”.

O desafio escolhido para os “Coininhas”, para os “Éclairs” e para mais três pastelarias, pelos juízes, foi fazer “Cavacas”! Exactamente, “Cavacas”.

Para os afamados mestres pasteleiros a concurso, “Cavacas” até podia ser uma nave espacial, não conheciam, não sabiam se já tinham comido, tinham de fazer uma pesquisa na Net, telefonar a uns amigos também ia dar jeito. Não estranhei que uma das equipas concorrentes não soubesse, porque era formada por uma pasteleira brasileira e um pasteleiro seu conterrâneo, mas as outras? Pelo menos o pasteleiro da “L’Éclair” era português, embora o dono tivesse pronúncia de português de França.

Então estes gajos não sabem o que é uma “Cavaca”. Sim meus amigos, uma “Cavaca” até podia ser a mulher do “Cavaco”, mas neste caso não é. Apeteceu-me mandá-los todos para as Caldas, comer “Cavacas” e beber qualquer coisita, numa caneca de loiça tradicional, mas desconfio que eram capazes de não saber onde ficavam as Caldas.

Claro que no fim toda a gente fez “Cavacas” que não sabiam a “Cavacas”, e ganhou a “Cavaca” francesa, disfarçada de “Cavaca” portuguesa, mas a saber a licor… francês, sim, porque os franceses são muito rigorosos a fazer as coisas (argumento para a distinção, apresentado por um dos juízes).

Então pensei cá para mim:

Vou encher umas caixas de “Cavacas”, e amanhã vou para o Aeroporto, logo de manhã, distribuí-las pelos motoristas de táxis, que “inteligentemente” se dispuserem a vandalizar os carros da “UBER”. É que depois das declarações do “manda-chuva”, aos órgãos de comunicação social, não se espera outra coisa.

O homem tem todo o direito de inflamar paixões que defendam os negócios praticamente monopolistas das suas empresas que prestam todo o tipo de serviços aos taxistas (necessários ou inventados à medida). 

Tudo muito fraquinho!...


olha lá os negócios que tenho!...

Sem comentários: