sábado, 28 de março de 2015

Um grande filho da puta


Já sabia, já o sabia há muito tempo, mas o que realmente não sabia é que os grandes filhos da puta, podiam pilotar aviões. Na minha santa ignorância, julgava que quem tem a responsabilidade de velar pela segurança de centenas de pessoas, teria obrigatoriamente de ser alguém equilibrado, preparado psicologicamente para toda e qualquer eventualidade, com capacidade para aguentar o stress e a depressão. Mas afinal não.

E então, como os grandes filhos da puta podem pilotar aviões e, para além disso, são uns grandes cobardes, podem utilizar essa profissão para assassinar pessoas, muitas pessoas. São cobardes porque não tiveram coragem de dar um tiro nos cornos, ou para se atirarem de uma ponte, ou simplesmente para a linha do comboio, nem apenas para espetar um garfo no cu. Sempre é preciso menos coragem para despenhar um avião e matar o pessoal que pagou para ter uma viagem tranquila.

Agora, alguém veio dizer que este assassino filho da puta, lhe tinha confidenciado ter o sonho de um dia ficar famoso. Mas se queria isso, podia apenas ter dado um tiro na “vaca gorda”, pelo menos teria agora quem o aplaudisse. E depois podia ir alugar um monolugar e despenhá-lo nos Alpes, ou no oceano, que tanto me fazia.

“Casa roubada, trancas na porta” e vai ser obrigatório estarem sempre dois tripulantes na cabine. Mas o que me espanta é que os portugueses tenham adoptado essa medida já, quando todos sabemos que os grandes filhos da puta em Portugal não são pilotos da aviação civil.

Então, deixo aqui uma sugestão às agências de viagens que vendam roteiros envolvendo esta companhia de aviação, para submeterem aos seus clientes, uma declaração mais ou menos com este teor:

“Eu (Nome Completo), declaro ter conhecimento, que nesta companhia aérea, existem pilotos que costumam despenhar aviões quando se sentem deprimidos, ou porque querem ser famosos, ou porque a mulher os trocou por outro, ou porque o filho mais novo fez xixi na cama, ou a gata malhada pariu um gato preto.

Sendo assim, assumo toda a responsabilidade se o mesmo me quiser suicidar com ele, prescindindo de toda e qualquer indemnização pela minha morte (assistida).

(Localidade/Data)



(Assinatura)”

#2121

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