“Desvio” é
O caminho mais longo,
Aquele que usamos no medo
De vir a tropeçar,
Para evitar as valas abertas,
As pedras
Da calçada incerta,
O gato preto,
Aquele que nos dá azar.
Cada “Desvio” é atraso,
É perda de tempo,
É ignorar o inevitável,
É negar a liberdade de decidir,
Não é nada mais
Do que fugir.
Eu não me “Desvio”,
Não contorno o incontornável,
Tropeço, tombo, esfolo-me,
Levanto-me de dentes cerrados,
Mordo, luto, escolho,
Venço,
Ou volto a tentar,
Até que dê,
Até que alcance,
Ou quem me enfrenta
Se canse.
Sou assim!...
Nesta vida teimosa,
Sem me desviar.
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