Permaneces na cama,
No lençol que se amarrotou,
Na pele que nele se colou,
Na toalha onde limpaste a face,
E a boca que a tocou,
Na mesa onde comeste
E apoiaste o cotovelo,
No espelho,
Poiso dos teus olhos brilhantes,
E belos,
Na escova que os teus dentes
Branqueou.
E no “Escabelo” da sala,
Onde o teu corpo repousou,
No beijar de cada pé,
Que afaguei
E por ali ficou.
Permaneces por aqui,
Colada no verniz que do pinho
Te eternizou.
#1969
Sem comentários:
Enviar um comentário