sábado, 30 de novembro de 2013

“Negro… outra vez.”


Repetiu-se.
Mais uma vez um dos meus amores,
Desapareceu, abandonou-me para sempre,
Fechou os olhos e fugiu,
E em cinzas se transformará.

Nem um último sorriso,
Um beijo morno,
Um adeus;
Tudo se consumiu no frio
Que o arrefeceu.

Eu sei que também gostarias
De me ter visto,
Para recomendares os filhos
Adultos que me deixas,
E para num abraço
Teres partido serenamente,
Do meu colo.

Desculpa,
Também desta vez falhei,
Não consegui chegar a horas,
Mesmo que o meu relógio continue
Sem ponteiros, aqueles que há muito
Arranquei.

Mas não partas triste,
Não chores,
Tudo o que sentia ficou,
Intacto, igual, no cantinho do peito,
Que desde sempre te reservei.

Adeus MULHER, que um dia
Construíste comigo,
Um outro NÓS.

#1233

2 comentários:

Anónimo disse...

Linda esta maneira de se continuar a amar a mãe dos filhos.

Maria disse...

Amei!
Beijo