O “Vulcão” explodiu,
A lava fundida a vermelho escorreu,
Embalou na encosta, desceu,
Queimou restos de troncos ocos,
Aqueceu todas as pedras aos poucos,
Dissolveu-se no escuro que iluminou.
A água do rio ferveu,
O que ainda era chão, estremeceu,
Como a voz de um trovão
Ressoou.
Preencheu velhas fendas abertas,
Os espaços transformou em rocha,
Ergueu-me como muro,
Empurrou o que era escuro,
Floriu como uma rosa,
Com o mel de jasmim se perfumou.
Depois de tudo arrasar,
Instalou-se num cantinho,
Onde ainda permanece,
Para me queimar… de mansinho!
#1227
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