Estava perdido na imensa escuridão
De uma “Noite” onde o luar tardava,
Nada se via, em tudo tropeçava,
Tacteando, enfrentando frios,
Gelos, escorregando em cada declive,
Arrepelando os cabelos,
Revivendo bocados,
Juntando pedaços quebrados.
Como um raio que caí,
Uma luz acendeu-se sem ver,
Chegou sem mesmo aparecer,
Acendeu em mim todas as velas,
Abriu todas as janelas,
O vendaval que quente deixou penetrar,
Encandeou, feriu-me os olhos
Já prontos para a escuridão,
Percorreu-me as entranhas
Inflamando todos os desejos,
Ofereceu-me uma boca repleta de beijos,
Abriu o diário das histórias de amor,
Juntou-lhe perfumes de cada flor,
Gritou nos ouvidos a quente melodia,
De uma “Noite” terminada,
No nascer de um novo dia.
#1226
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