As cartas velhas, amarrotadas,
Misturadas estão com as amizades,
Nas caixas com cheiro a canela,
Os éteres de cada amor
Confundiram os olhos, misturaram
Os odores, juntaram mãos com bocas
Que não eram, acertaram relógios
Onde os ponteiros não existiam,
Ou simplesmente estavam parados;
As paixões com os seus ventos,
Mal se continham nas garrafas,
Tintas pelo braseiro, abafadas pelo vidro,
Ameaçando explodir a rolha
Que as impedia de sair.
Nada marcado, nada datado,
Sem classificação, sem peso,
Numa enorme “Desarrumação”.
Por isso não venhas com desculpa,
Que foi assim, por isto ou por aquilo,
E no dia que te deixei entrar
E confessei… olhaste,
Pensaste, viste e foi tal
O susto… que fugiste.
#1202
Sem comentários:
Enviar um comentário