A areia da praia, mantinha-se lisa,
Na orla ondulada, que o mar trazia
Em cada onda, até aos meus pés.
O chão continuava morno,
No aproveitar de um entardecer,
Ainda lembrando os dias
Quentes do último verão.
Os pés descalços, calcavam,
Marcavam, cada momento,
No peso de uma dança a dois,
Enquanto os braços cruzados
Nas costas, ajudavam as mãos
Apertadas em cada cintura,
Partilhando a ternura de um toque,
No brincar dos dedos distraídos.
Giraste sobre mim, barraste
O caminho, aninhaste o que faltava de ti,
Cresceste na boca, no beijo que se abriu,
No abraço que se tornou maior.
Girámos, equilibrando os pés enterrados,
Trocando os joelhos que se roçavam,
Procurando outros espaços,
E vi, vi o “Desenho” que ficara impresso,
Marcando cada momento, cada passo,
Cada arremesso de paixão,
Aprofundando cada intimidade
Que já era passado de NÓS.
#1201
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