Por todo o lado, nas mesas nuas,
Nas toalhas brancas, em tectos
Trabalhados, lavrados em belos florões,
Arrendados pela mão de desconhecido
Artista, na estante, misturados com a poeira
Que se cheira, em cada página
De livros esquecidos, folheados,
Relidos nas noites de solidão,
No chão, junto à vidraça, perto
Da porta fechada, da manta molhada,
Do lençol que caiu, por todo o lado,
Os “Candelabros” que semeei
Choram velas, dançam sombras,
Assomam caminhos, cheiram sonhos,
Vivem brilhos, cantam-nos.
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