O chão é igual, empedrado
Como qualquer passeio comum,
A mesma calçada, o mesmo
Alcatrão negro; na orla, a mesma
Pedra branca, larga.
Mas não é igual o rio
Que o banha, nem o navio atracado,
De cabos pendentes das suas entranhas,
Para que não se afaste,
Para que não deixe a parede fria
Daquele “Cais”.
De um lado mulheres, mulheres
Que são mães, mulheres que são
Amantes, companheiras trémulas,
Saudosas já de quem parte; do outro,
O aço pintado de escuro de mais um navio,
Cheio de acenos, lágrimas, esperança
E saudades.
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