sábado, 21 de setembro de 2013

“Barro”


Engano o vosso, não sou nada disso
Que me estão a dizer, e muito menos
O que estão a pensar.
Não sou um tipo impecável, sem defeitos
De que me possam acusar,
Nem tão forte como podem imaginar,
Choro como toda a gente; sou teimoso,
Casmurro, não esqueço facilmente,
Sou eternamente persistente.
Não sou burro, vagamente inteligente,
Bruto, violento tantas vezes,
Amigo talvez, de poucos,
Porque a amizade está cara
E difícil de encontrar.

Por tudo isto, acho que sou um anjo,
Mas um anjo com pés de “Barro”.

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