Eu sei como te sentiste, ou imagino
Como foi, pela maneira como reagiste,
“Baralhada”.
Sim, foi diferente, não sei se acontece
Com toda a gente, assim de surpresa,
Sem aviso, sem música a acompanhar,
Sem promessas, sem medos; apenas
Aquela luz que nos cega, o abanão
Que se sente na primeira vez, o clique
Mágico, as mãos a tremer.
Choraste, riste, abanaste,
Não percebeste; depois o calor
Apertou, cheirou-se uma rosa
Que se tingiu, desapareceu todo o frio,
Surgiram quadros, nas palavras ouvidas
Nasceram poemas, contaram-se verdades,
Viveram-se cumplicidades.
Não te culpes, não foi caso único;
Apenas ficaste tão “Baralhada”
Como eu.
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