Chamavam-lhe Chica;
Muito pequenina e franzina,
O cabelo branco, comprido, enrolado
Num carrapito, que só pela noite
Desmanchava; olhos pequenos,
Ladinos, que sempre procuravam
Adivinhar nos meus, o que me faltava;
Firme mas carinhosa nas coisas
Que me dizia, sempre pronta,
Atenta, não deixava que mal
Me chegasse, embalando-me
Em histórias intermináveis
E belas, para me adormecer.
Era assim minha “Avó”,
A quem todos chamavam Chica.
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