sexta-feira, 20 de setembro de 2013

“Aventar”




Sinto-me preso.
Não vejo nenhuma luz;
O dia escurece sempre mais cedo,
A noite… nem noto que vem.
Percorro caminhos pedregosos,
Tropeço, desequilibro-me,
Desencontro-me;
A areia mistura-se-me, emperra-me,
Tolhe-me; tudo se diluí com restos
De folhas secas, comidas
Pelos outonos, apodrecidas
Pelos invernos.
Preciso “Aventar” este espaço,
Respirar outro ar, pisar
Outro chão; Vento! É urgente
Que me leves daqui.

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