Sempre que um número se torna
véspera,
Tremo.
E este é véspera.
Véspera porque se esgotou em
noves,
Véspera porque três
Já não chegam,
Véspera pelo que representa
O que me falta escrever.
Até aqui atravessei muitas
Vésperas,
Sorrindo, chorando,
Esperando, repartindo,
O que cada momento me deu
Nos segundos,
Em que se viveu.
Véspera do tempo
A que não ligo,
Do sonho que não persigo,
Da luz de cada imagem,
Dos brilhos feitos paisagem,
Das flores de uma estiagem
Que morreu.
Sim, este é véspera!
Sem comentários:
Enviar um comentário