Sete cores, sete riscas, sete tiras, redondas,
Que as gotas de água suspensas fazem
Aparecer, escondendo o começo
Ou onde irá descer.
Arco-Íris, arco-da-velha, arco-celeste,
Da aliança ou da chuva, tantos nomes
Tens, e a lenda apregoa que onde tocas
O chão, os felizardos
Encontrarão, potes de ouro recheado,
Felicidade e um outro fado.
As tuas cores do vermelho ao violeta
Se estendem, no círculo que as acompanha,
Juntas com o laranja doce, o amarelo amargo
Do limão, com o verde da esperança,
Com o azul feito céu que fugiu
E com o índigo
Que para que serve não digo.
De todas, a que gosto mesmo
É do vermelho, com o seu calor
Abrasador, vermelho de paixão
E de amor, da rosa sem espinhos
Que um dia te ofereci,
Do tango selvagem, do sonho
Feito miragem, da papoila frágil,
Do sol que se põe num outro chão.
Arco-Íris que quando as cores todas
Juntas, brilhas no branco da espuma
Da maré,
E quando cores não tens,
Negro,
Transformas o dia em escuridão.
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