segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sou exactamente igual a toda a gente


A mente tem coisas estranhas, muitas já amplamente discutidas, estudadas, explicadas, com leis cientificamente definidas, cheias de teoremas, axiomas, estudos, teses. Mas se este lado visível, transparente se junta no conhecimento que dela se tem, existem mistérios, factos indiscutíveis, demonstrados no dia-a-dia, que permanecem ocultos nos imaginários, porque não se conseguem medir, não se conseguem demonstrar, não se provocam, não se controlam, são em tudo improváveis e inverosímeis.

Porque estou a escrever isto se sou um céptico. Não acredito no indemonstrável, nem no sobrenatural, nas conversas de espíritos, na “paranormalidade”. São tretas utilizadas por alguns “espertos” para ganhar a vida à custa dos crédulos e incautos que acreditam e ouvem as suas patranhas falaciosas.

Falo disto porque mesmo sem teorias, sem estudos, penso que muitas das coisas estranhas que se passam com as mentes, tem explicações bem simples, nada científicas, apenas fruto da observação e da análise de factos supostamente estranhos. Falo disto porque muita gente diz que sou “estranho”, que parece que adivinho as coisas, que sou “perigoso” porque “leio as mentes”.

É verdade que antecipo acontecimentos, que “adivinho” coisas que não me contaram porque são sentimentos pessoais inconfessados, provoco situações que me respondem a perguntas que não me querem dar e depois se verifica estarem certas, mas nada disto é “mágico”, ou tem a ver com a leitura dos pensamentos, ou com “adivinhação”.

Para mim é claro porque acontece, é um processo simples, linear, sem nada de estranho ou sobrenatural. Claro que não tenho “superpoderes”, nem sou “bruxo” nem nada que se pareça com isso.

Antes tenho algumas capacidades (que toda gente tem tal como eu) que desenvolvi e aperfeiçoei por necessidade. Escrevo, pinto, desenho, sou informático, profissão de que gosto, e para isso preciso de um grande poder de observação, capacidade de “arquivo”, poder de síntese, de avaliação crítica e de um rápido poder de decisão, aliado a uma frieza de raciocínio em situações de pressão e de stress. Ao longo dos anos desenvolvi estas capacidades, a maior parte das vezes inconscientemente, embora já existissem à muitos anos, com características bem semelhantes. Com o mar não se brinca, não se pode errar. O mar ensinou-me muita coisa.

Aliado a isto tudo tenho outros “defeitos” que ajudam, a memória e a memória fotográfica muito desenvolvidas e eficientes. Costumo dizer a brincar que tenho “memória de elefante” e esta característica aplica-se a ambas. Não esqueço facilmente, porque associo factos a imagens do momento, recordo com facilidade e associo no presente. Isto tem grandes vantagens no “armazenamento de informação” e mesmo o que me passa “despercebido”, aparece quando necessário, inconscientemente associado a factos actuais de que preciso para tirar as conclusões que depois “assustam”.

Nada de grave portanto, apenas processamento matemático da informação recolhida e armazenada (qualquer computador fará o mesmo).


Por isso acalmem-se, eu sou exactamente igual a toda a gente.

2 comentários:

Anónimo disse...

Nada é por acaso!
Acredita que isso são mesmo Superpoderes!

(Greeeee! Que inveja... e eu que nasci sem GPS)

Bjos
DD

Eu não sou ninguém disse...

Não tenhas inveja, estes "super-poderes" são uma merda e só dão chatices....

Beijos para ti DD