A mente tem coisas estranhas,
muitas já amplamente discutidas, estudadas, explicadas, com leis
cientificamente definidas, cheias de teoremas, axiomas, estudos, teses. Mas se
este lado visível, transparente se junta no conhecimento que dela se tem,
existem mistérios, factos indiscutíveis, demonstrados no dia-a-dia, que
permanecem ocultos nos imaginários, porque não se conseguem medir, não se
conseguem demonstrar, não se provocam, não se controlam, são em tudo
improváveis e inverosímeis.
Porque estou a escrever isto se
sou um céptico. Não acredito no indemonstrável, nem no sobrenatural, nas
conversas de espíritos, na “paranormalidade”. São tretas utilizadas por alguns
“espertos” para ganhar a vida à custa dos crédulos e incautos que acreditam e
ouvem as suas patranhas falaciosas.
Falo disto porque mesmo sem
teorias, sem estudos, penso que muitas das coisas estranhas que se passam com
as mentes, tem explicações bem simples, nada científicas, apenas fruto da
observação e da análise de factos supostamente estranhos. Falo disto porque
muita gente diz que sou “estranho”, que parece que adivinho as coisas, que sou
“perigoso” porque “leio as mentes”.
É verdade que antecipo
acontecimentos, que “adivinho” coisas que não me contaram porque são
sentimentos pessoais inconfessados, provoco situações que me respondem a
perguntas que não me querem dar e depois se verifica estarem certas, mas nada
disto é “mágico”, ou tem a ver com a leitura dos pensamentos, ou com
“adivinhação”.
Para mim é claro porque acontece,
é um processo simples, linear, sem nada de estranho ou sobrenatural. Claro que
não tenho “superpoderes”, nem sou “bruxo” nem nada que se pareça com isso.
Antes tenho algumas capacidades
(que toda gente tem tal como eu) que desenvolvi e aperfeiçoei por necessidade.
Escrevo, pinto, desenho, sou informático, profissão de que gosto, e para isso
preciso de um grande poder de observação, capacidade de “arquivo”, poder de
síntese, de avaliação crítica e de um rápido poder de decisão, aliado a uma
frieza de raciocínio em situações de pressão e de stress. Ao longo dos anos
desenvolvi estas capacidades, a maior parte das vezes inconscientemente, embora
já existissem à muitos anos, com características bem semelhantes. Com o mar não
se brinca, não se pode errar. O mar ensinou-me muita coisa.
Aliado a isto tudo tenho outros
“defeitos” que ajudam, a memória e a memória fotográfica muito desenvolvidas e
eficientes. Costumo dizer a brincar que tenho “memória de elefante” e esta
característica aplica-se a ambas. Não esqueço facilmente, porque associo factos
a imagens do momento, recordo com facilidade e associo no presente. Isto tem
grandes vantagens no “armazenamento de informação” e mesmo o que me passa
“despercebido”, aparece quando necessário, inconscientemente associado a factos
actuais de que preciso para tirar as conclusões que depois “assustam”.
Nada de grave portanto, apenas
processamento matemático da informação recolhida e armazenada (qualquer
computador fará o mesmo).
Por isso acalmem-se, eu sou
exactamente igual a toda a gente.
2 comentários:
Nada é por acaso!
Acredita que isso são mesmo Superpoderes!
(Greeeee! Que inveja... e eu que nasci sem GPS)
Bjos
DD
Não tenhas inveja, estes "super-poderes" são uma merda e só dão chatices....
Beijos para ti DD
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