sexta-feira, 31 de outubro de 2014

“Espera-me”



“Espera-me” sentada à mesa
Do café que nos viu nascer,
Naquela arcada que se tornou nossa,
Onde cada rosa que floriu
Se pintou de vermelho,
Onde cada música que se ouviu
Se transformou em tango sedutor;

“Espera-me” bebendo o café
Que te aquece,
Enquanto a minha mão não procura
A tua,
A minha boca não se aninha,
Os meus joelhos não se intercalam,
Os meus olhos não se perdem,
As minhas cumplicidades não te abraçam,
Os meus segredos não te contam.

“Espera-me” deslumbrante…
Bela, enquanto os teus olhos
Trocam a cor da esperança,
Apagam as saudades que te atormentaram,
Bebem da imagem que nos teus sonhos
Habita,
Reinventam a estória que já escreveste
Em mim.

#2010

1 comentário:

Maria disse...

AMO!
Beijos poeta.