Dois caniços que amarrei
Em cruz,
Papel colorido e uma enorme cauda
Onde os laços se misturam,
Parece frágil
O meu “Papagaio” de papel,
Mas mesmo assim enfrenta
Os maiores vendavais
E sobe, sobe,
Ondula lá bem alto,
Caí a pique e logo, logo
Recupera,
Vence as alturas sem temer
Nenhuma tempestade,
Alcança a noite,
Mistura-se com as sombras,
Junta-se ao sol no amanhecer.
O meu “Papagaio” de papel
Aprendeu a voar
Com as águias,
Respira o vento,
Banha-se no sol altivo,
Sonha que o fio que o prende
Um dia se parta,
Que o liberte,
Porque na verdade não me pertence,
Faz parte do céu.
#1899
Sem comentários:
Enviar um comentário