O chão que piso não tem marcas,
Nem muros, nem portas
Que se abram quando passo,
Nem gente a apontar por onde vou,
Nem vales que me guiem,
Nem ventos que enfunem as minhas velas,
Nem marés que me levem para a praia,
Nem carreiros, onde caminhe sem tropeçar,
Nem bússola que me indique o Norte,
Nem mapa de rumo traçado.
O chão que piso,
O “Destino” que procuro,
O caminho que tracei,
O rumo que escolhi,
Vejo-o de olhos fechados,
Sinto-o percorrer-me a pele,
Encontro-o na tua mão,
Saboreio-o no teu abraço,
Revejo-o nos teus olhos.
Ando, tropeço, caio,
Esfolo-me, não desisto,
Lambo cada ferida,
Aproveito cada momento,
Resguardo cada cumplicidade,
Porque “Destino” não é acaso,
“Destino” é vontade.
#1238
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