“Versos” são apenas palavras,
Palavras do poeta que as sentiu,
Que as sonhou, que as viveu
E escreveu, com uma caneta velha,
De tinta que mal se via.
“Versos” são armas, balas, lâminas
Que se arremessam, que ferem,
Que curam, que matam, que se mostram,
Que se escondem, ocupam o peito
De quem as lê, avivando a saudade
De quem não vê.
“Versos” somos, juntos,
Dissolvidos em mares,
Voando com as gaivotas,
Nos gemidos ouvidos quando se conjuga
Até doer, o verbo ter-te,
Nas borboletas que nascem de nós,
Nos prazeres que queimamos,
Declamados em voz alta,
Aos gritos,
Ou nos enormes silêncios,
Escritos em cada palavra
Das nossas cumplicidades.
#1218
Sem comentários:
Enviar um comentário