Foi duro,
Doeu como se mil facas
Me tivessem espetado,
Fui terrivelmente abanado
Pelo choque, de uma corrente
De alta tensão, que me derreteu
Por dentro, que fundiu todas as minhas
Luzes, que destruiu cada sonho
Realizado.
Foram tantos anos de amor,
De paixão ardente, de namoro
Sempre presente, de tanta cumplicidade,
Na vida vivida com verdade,
De prazer,
De aprender, de estar sempre,
De ajudar sempre, de respeitar,
De partilhar dores e felicidade.
Foi rir a qualquer hora,
Foi abraçar sem demora,
Apreciar o amor, juntar-lhe sempre
Esperança,
Transformar a vida numa dança,
Em que a música sempre tocava,
E os dois corpos abraçava,
Juntava, no silêncio do sonhar;
Tudo se sabia, tudo se conhecia,
Os segredos, ninguém queria
Desvendar, e com o incerto
Construíamos o que realmente
Queríamos: Uma vida a dois!
E foste sem avisar, não tivemos
Sequer “Despedida”, não houve tempo,
Nem sequer para um sorriso,
Mesmo que estivesse frio,
Mas que assomasse dos lábios
Que sempre adorei beijar.
Mas ainda bem que assim foi
(porque odeio despedidas),
E sempre TE recordarei a meu lado,
De mão dada, caminhando,
No silêncio de quem não precisa falar.
#1215
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