quinta-feira, 10 de outubro de 2013

“Desassossego”


Quando chegas, quando estás por perto,
Tudo muda, e mesmo o maior deserto,
Ganha vida, enche-se de TI,
Transforma-me e faz com que me sinta
Como nunca senti.

É um enorme, mas terno “Desassossego”,
Onde tudo o que tenho é TEU,
E fico pobre, sem nada, á mercê
Do teu querer, das TUAS vontades,
Das TUAS loucuras…

Todas as duvidas desaparecem,
As perguntas desvanecem-se nas palavras
Que ficam esquecidas, porque a boca
Não quer falar, na vontade de TE beijar,
A língua procura-te, os lábios esperam-TE,
As mãos nervosas não param,
A tua cintura é medida para cada abraço,
As pernas que se não unem,
Guiam-me para o teu regaço.

E tudo se molha, tudo se junta,
Tudo se sente, os relógios param,
Os segundos prendem-se, o tempo voa
E nas suas asas pernoitamos, bem acima
De cada nuvem, por entre aves de fogo
Que nos oferecem penas a arder.

É assim, amando-te,
Que um dia quero morrer.

#1206

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