quarta-feira, 9 de outubro de 2013

“Definição”


Pediram-me para definir
O Amor, quatro letras,
Tanto significado.

Mas não me atrevo sequer,
A tentar arranjar tal “Definição”
Ou assumir essa responsabilidade.

O Amor nunca é igual, quando é MEU,
Quando é TEU, quando é NOSSO; muda,
Transforma-se enquanto vaguei-a entre nós,
Em cada um ou dentro de nós.

O Amor não se escreve, não se diz, não se vê;
O Amor sente-se, apalpa-se, lambe-se,
Afaga-se, penetra-se, partilha-se,
Consome-se, constrói-se, alimenta-se,
Oferece-se, recebe-se, recusa-se e…

Alegra-nos, aquece-nos, aviva-nos,
Reinventa-nos, junta-nos, funde-nos,
Amedronta-nos, arrebata-nos e…

Mesmo assim, ninguém será capaz
De o definir, inteiro, propriedade
A propriedade, regra a regra,
Cor a cor, hino a hino, verso a verso,
Palavra a palavra.

O que sei apenas é AMAR.

#1196

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