Pediram-me para definir
O Amor, quatro letras,
Tanto significado.
Mas não me atrevo sequer,
A tentar arranjar tal “Definição”
Ou assumir essa responsabilidade.
O Amor nunca é igual, quando é MEU,
Quando é TEU, quando é NOSSO; muda,
Transforma-se enquanto vaguei-a entre nós,
Em cada um ou dentro de nós.
O Amor não se escreve, não se diz, não se vê;
O Amor sente-se, apalpa-se, lambe-se,
Afaga-se, penetra-se, partilha-se,
Consome-se, constrói-se, alimenta-se,
Oferece-se, recebe-se, recusa-se e…
Alegra-nos, aquece-nos, aviva-nos,
Reinventa-nos, junta-nos, funde-nos,
Amedronta-nos, arrebata-nos e…
Mesmo assim, ninguém será capaz
De o definir, inteiro, propriedade
A propriedade, regra a regra,
Cor a cor, hino a hino, verso a verso,
Palavra a palavra.
O que sei apenas é AMAR.
#1196
Sem comentários:
Enviar um comentário