sábado, 5 de outubro de 2013

“Crepúsculo”


No frio morno do outono,
Ajeitamos os desejos,
Arrumamos os sonhos em gavetas,
O querer deixa-se arrefecer,
Acomodados ao que temos,
Ignoramos do que vemos,
Porque nos sentimos incapazes
De o alcançar, fazemos às casernas
Todos os exércitos retornar,
Já não nos interessa lutar.

Embalados neste “Crepúsculo”,
Passamos ao lado da vida,
Das oportunidades, dos amores,
Das paixões, amornando o quotidiano
Num sexo de obrigações,
Sem nos aperceber
Que afinal o que nos aconteceu,
Não foi estabilizar,
Mas antes agonizar,
Na morte que já nos matou.

#1176

Sem comentários: