quarta-feira, 2 de outubro de 2013

“Colibri”


A minúscula flor cheirou-se
Naquele ar; manhã de pouco calor,
Remexida no dourado sol
Que amanhecia ainda ensonado,
Embalado que fora noite fora,
Pela brisa, que as “asas”
De morcegos, trouxeram da torre
Onde pelos pés se penduravam,
Igualando os sinos, silenciosos
De uma igreja vazia.
E a minúscula flor viu,
Viu a ave, que asas parecia
Não ter, mas que sentia
No seu bater apressado,
E nas cores se deslumbrou,
De tantas que eram, do bico longo
E fino, da pausa no ar,
Vazia, sem lhe tocar;
A flor pasmou-se
Do tamanho, minúsculo
Que mal se via; mesmo parado
O “Colibri” voava e ao vento
Que soprava, resistia.

#1148

Sem comentários: