O cinzento da espera, fere
Cada momento, na agonia
Dos segundos que se consomem,
Parados, num tempo vazio
De comunhão, num tempo cheio
De saudades; densas névoas
Invadem o sonho, empalidecem
Cada cor, pintada nos olhos,
Acrescentam espinhos ao caule
Da rosa, misturam os cheiros,
Com sabores amargos
De cada incerteza, avivam
O negro da dúvida instalada.
O olhos ficam cegos,
As mãos ficam mortas,
Os corpos ficam frios,
O coração arde
Como enorme “Chaga”,
Que sangra o verde fel
De cada ausência.
#1151
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