segunda-feira, 30 de setembro de 2013

“Cisne”


Debruçado sobre o corrimão
De ferro verde, olhava distraído
A água turva, daquele lago,
Procurando nos seus reflexos,
As recordações de uma tarde
De beijos e carinhos,
Que se tivesse misturado,
Nos lodos castanhos,
De um fundo que não se via.
No meio de suaves ondas,
Elegante, deslizando lentamente,
O cisne negro, apareceu,
Nascendo da sombra,
Parando ali.
Enquanto o admirava,
Um reflexo, insinuou-se com ele,
E ao meu lado despontou
A visão, que no meu sonho morava.

E vi-te,
E sorriste,
Nada disseste,
E tal como vieste,
TE esfumaste.

#1144

Sem comentários: