quinta-feira, 26 de setembro de 2013

“Carinho”


É como um novelo
Que lentamente se desenrola,
Sentindo nas mãos
O pelo macio da lã;
É como a água roçando
Pelo corpo, mergulhado
No ribeiro morno, de um leito
Atapetado de algodão;
É como o toque
Suave de uma pena de pavão,
Enquanto as cores líquidas
Se misturam na nossa
Pele;
É como o doce murmurar
De duas bocas, ávidas
De amor, que se penetram
Num enorme beijo.

Pode ser tudo, pode até ser
Um enorme amor, uma tórrida
Paixão que consome corpos,
Que embala odores,
Que inflama o ar, que explode
De dentro de NÓS,
Mas se não houver “Carinho”,
Será apenas,
Mais uma noite
Sem sol.

1 comentário:

Maria disse...

Parabéns!
Será pesadelo,equívoco e escuridão...