sábado, 21 de setembro de 2013

“Belos”


Montanhas azúis, onde rios
De prata percorrem vales cor
De marfim, verdejantes encostas
Salpicadas de vermelhas papoilas,
Horizontes incendiados de amarelo,
Vermelho, laranja, brilhando por detrás
De cada sol que nasce ou se põe, mares
Alterosos, nas suas tempestades furiosas
E cinzentas, onde as vagas se misturam
Com o arrendado da espuma, são “Belos”,
Mas envergonhados esboços de TI.

Realmente “Belos” são os teus olhos,
Os que não me canso de contemplar,
Enquanto procuro encontrar
Cada segredo, que já tantas vezes
Desvendei e vivi.

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