Na montanha azul que no horizonte
Se via, a neve alva
Derretia, engrossando o rio que de pequeno
Mal se via, descendo a encosta,
Sulcando a rocha vermelha,
Entoando a límpida melodia,
De águas acabadas de nascer.
Por detrás do sol, estendia-se
Dourada aguarela, pintada na nuvem
Acabada de chegar; as notas que a brisa
Entoava, misturavam-se com abelhas
De asas transparentes, borboletas
Resplandecentes, nas cores ostentadas
E nas músicas entoadas pelos rouxinóis.
Nenhum pintor pintara aquela tela;
Nenhum poeta escrevera aquele poema;
Nenhum tenor entoara aquela ária;
Eu sabia que à Natureza pertencia
A sua “Autoria”.
Sem comentários:
Enviar um comentário