“Amargo”, sim, muitas vezes,
Vezes demais, demasiadas para o suportar
Sem explodir, sem me revoltar,
Para engolir e calar.
“Amargo” de tanto seguidismo,
De tanto ignorar, de tanto ver calar,
De cheirar a fome, a pobreza,
Da vergonha de quem precisa;
E um autentico ódio
Que cresce e me queima as estranhas,
Das aldrabices, mentiras, patranhas,
De gente corrupta, intocável,
De uma injustiça apeada,
De uma educação de merda;
Quem me “amarga” mesmo
É um povo feito carneirada,
Que ignora a força da história,
E ordeiramente obedece
Aos carrascos (corja de meninos
Incompetentes),
E em fila, entra no matadouro.
Sim, sou “Amargo”, muito “Amargo”.
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