Eu sei que era isso mesmo
Que querias, já o ouvi tantas vezes
Da tua boca; sim, aquela boca
Que me enlouquece, que vejo
Sempre, que me prende, que me tortura
Em profundo desejo
De cada beijo, de um único beijo.
Mas vamos “Acabar” o quê?
Para “Acabar” é preciso primeiro
Começar, e nós nunca começámos;
E até talvez tenhamos começado,
Mas pelo meio, não pelo princípio
Como pessoas normais, que não somos,
Porque não quisemos; preferimos
Misturar tudo, amor com amizade,
Paixão com cumplicidade,
Dor com o dar a mão, confiança
Com saudade… tudo temperado
Com silêncio, segredo, mistério,
Construindo esta forte aliança.
Então vamos “Acabar” o quê?
Nada se perdeu do que se achou,
Tudo o que cresceu,
Apenas amainou.
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