No caminho que percorro, na
encruzilhada
Que encontrei, a tabuleta dizia: “Abandonar”,
E o chão voltava para o lado,
onde
As flores eram mornas, o vento
Era brisa, o mar estava azul
cheio
De uma calmaria podre, em cada
foz
Que desaguava sem lamas,
misturando-se
Com anoiteceres de lua cheia e
brilhos
De diamantes.
Mas também havia um chão que
continuava,
Que não fugia, qua não se desviava
e, a tabuleta
Que o apontava, dizia: “Contínua
mesmo que doa;
O sonho é por aqui!”; e por ali
havia
Névoas, por ali havia saudades,
por ali
Havia fantasmas, por ali havia
Medos. Mas por ali também havia
Alegria, por ali também havia
cumplicidade,
Por ali também havia amor, por
ali havia
Verdade.
“Abandonar”? Nunca; nunca irei
por aí.
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