domingo, 22 de setembro de 2013

= 1 1 0 0 = "A Gueixa"


O eterno desassossego do saber, do investigar como foi, porque foi, chafurdando páginas poeirentas, de todos os livros que consegue alcançar, inundando-se de imagens irreais, de pensamentos que escoam como nevoeiros incertos, mergulhando nas vagas alterosos de poemas escritos por poetas cegos, ou na eterna magia de uma melodia, entoada por harpas douradas, completas-te.

Os olhos brilham a cada descoberta, a boca sorri a cada nova verdade, mesmo que não sirva, mesmo que acabada, arrumada que já foi, catalogada na caixa da imaginação, misturada com outras, pronta para ser usada depois, modificada, cozinhada na próxima provocação.

Sempre disposta a aceitar desafios, por mais loucos e distantes que se avistem, em horizontes incertos e inseguros, sacrificando tudo o que se desfaz no caminho pedregoso, sangrando pelo prazer de conseguir; pelo, tantas vezes amargo, sabor de uma pequena vitória, sem desistir.

A Gueixa, não se oferece, não se vende, não é uma qualquer, mesmo quando com elas se confunde, na imagem difusa de uma contraluz. A Gueixa é amor, é paixão, é sonho, é saber, é ternura e carinho, é ajuda, é alma irrequieta; a Gueixa é a liberdade que lhe foge, é passo a passo, é dança.

A Gueixa é pura ilusão.

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