É verdade, este nada tem a ver
com palavras, nem com desafios, muito menos com projectos.
Este tem a ver com
números, números que se sucedem, incansavelmente, construindo a intervalos,
coisas assim, provocando coisas assim.
São números que me habituei a
saudar, a tratar de maneira diferente, porque são marcos, porque assinalam
datas, porque comemoram momentos, mesmo quando os momentos nada significam,
porque não existem sonhos para os pintar, não existem melodias para os embalar,
não existe gente para os preencher.
Mesmo assim interrompi um
projecto, travei numa loucura, olhei para o tempo, ignorei este tempo e voltei
aqui, voltei para brindar, para erguer o meu copo a este momento vazio; vim
aqui porque não estou derrotado, mesmo sentindo-me, não desisti de nada, mesmo
que as forças me atraiçoem; é apenas uma batalha, uma pequena batalha, um
pequeno exército que se desbaratou, mas os generais continuam vivos, os cavalos
foram recuperados e as armas também.
Esperem por mim. Vou voltar.
Em frente sempre.
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