sexta-feira, 12 de julho de 2013

" G A T I N H A " & " G A T I N H O "


Gatos são animais que admiro.

Os gatos são irreverentes, são imaginativos, são elegantes, meigos e ariscos, autênticos tigres, selvagens quando caçam, crianças traquinas depois de dominar a presa. Os gatos dão passos de silêncio, mal deixam rasto, saltam todos os obstáculos, enfrentam corajosamente inimigos e predadores, ágeis como o vento que atravessa as folhagens mais densas.

Os gatos são limpos, o pelo está sempre impecável, penteado, lavado. As patas são fofas, autenticas almofadas de cetim, e as pernas elásticas e musculadas torna-os máquinas perseguidoras, onde as alturas não são obstáculos e as garras escondidas navalhas afiadas.

Os gatos são um misto de elegância e de inconformismo, de pantera e de tigre, mas também parece terem asas quando saltam dando a sensação de planar no ar. Os gatos são indomáveis na sua eterna e enorme liberdade. Adoro quando oiço o seu ronronar, amassando com as patas o colo onde se enroscam, mas não os julguem rendidos ou dominados porque de súbito podem atacar.

Mas os gatos lambem-se, horas a fio sem se cansar, lambem-se e lambem, lambem tudo com as suas línguas um pouco ásperas, mas quando lambem apagam, afagam, amolecem, humedecem, saram, aquecem… A língua dos gatos é o que de mais perigoso existe porque é incansável, porque é irrequieta, porque não conhece limites nem fronteiras.


A língua dos gatos é simplesmente… isso!

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