Às vezes, meia dúzia de palavras, trazem-nos o que grandes conversas ocas nunca nos trariam.
Pode parecer que o amor aprisiona, prende, afoga, impede a liberdade. Parece que quem ama ficará irremediavelmente preso a alguém, e que nunca mais poderá decidir, escolher, ou o seu rumo traçar.
Mas será realmente assim? Quem nunca amou, ou quem julga já ter amado (e destes andam para aí tantos enganados), responderá que assim é, e até poderá acrescentar - «Aproveita antes de te apaixonares, goza a tua vida, olha que depois tudo se acaba…».
Errado, está completamente errado quem pensa assim. A verdadeira liberdade só é completa, enorme e nossa, quando amamos, quando amamos muito, quando o amor é uma autêntica loucura e nos absorve, ajudado por toda a paixão, todo o desejo.
Liberdade é amar incondicionalmente.
Liberdade é poder escolher todos os dias se te quero ou não, e todos os dias responder ao meu coração que sim.
Liberdade é aceitar todos os teus defeitos, e não tentar que os mudes se não quiseres, se não precisares, mesmo podendo dizer que não, que não gosto, que não aceito, que não quero.
Liberdade é poder recusar cada mulher, cada aventura, cada desejo, porque a que todos os dias escolhi é aquela que amo.
Liberdade é poder escolher e fazê-lo, sempre, e em cada escolha, em cada momento, serás a eterna vencedora.
Liberdade é ficar, liberdade é esperar.
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