Gritei-lhe
Amo-te!
Gritei-lhe,
Quero dar-te todo o calor
Deste sentimento,
Trazer à tua vida
Toda a luz que quiseres,
Colorir cada hora,
Cada momento,
Com o vermelho desta rosa
Que nasceu,
Perfumar o chão que pisas,
Cobrir de pétalas
O sinuoso caminho,
Que nos falta percorrer…
Não posso – respondeu,
Agora não posso,
Esta liberdade é mais forte
Do que eu…
Não quero perder
O poder de decidir,
Sozinha,
De escolher cada encruzilhada,
De sonhar, cantar, sorrir,
Procurar, encontrar, ficar
Ou ir…
Não, não entendeste,
- respondi.
A tua liberdade é sagrada,
Não quero com ela fazer nada,
Tolher-te o voo que iniciaste…
O meu amor tem enormes asas,
Voa como a majestosa águia,
Sem limites, sem fronteiras,
Sem muros ou barreiras,
Tão livre como tu.
Não quero que pares,
Não quero que esperes,
Não quero que o olhes,
Deixa apenas que voe,
Que cresça,
Que acompanhe o teu voar,
Deixa,
Um dia as duas liberdades,
Vão-se encontrar.
(13.03.2013)
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