Na sala, as cadeiras
Estão vazias, nas estantes
As pautas arrumadas,
Em cada caixa
Um instrumento sem músico,
No silêncio da melodia;
No cemitério, as campas
Cobertas, encerram os esquifes
Fechados,
Nos corpos deitados,
No silêncio da respiração;
Na mente, as raivas
Contidas, calam motivos,
Escondem razões,
Desenhando lâminas de indiferença,
No silêncio da fúria;
No olhar, o desejo
Secreto, acende o fogo,
Rebrilha nos olhos,
Esperando em cada momento,
O olhar que o perceba,
No silêncio da paixão.
“Os-Nomes-Do-Silêncio”
Estão escritos,
Por detrás dos olhos.
#1991
1 comentário:
É um prazer passar por aqui!António Amaral.
Por de traz dos olhares(silêncios)
Nasce vida!!!
Pena que nem todos o entendam.
Enviar um comentário