sábado, 26 de outubro de 2013

“Desespero”


Aquele dia foi mau,
Muito mau!
Até estávamos felizes,
Nas brincadeiras, nas risotas,
Porque não esperávamos,
Não sabíamos, não contávamos
Nem prevíamos.
Mas a vida é madrasta,
Chama a morte quando menos se espera,
E a noite tornou-se negra,
No “Desespero” que vi estampado
Nos teus olhos, nas lágrimas
Que tentavas a custo conter,
Para não manchar a tua imagem
De coragem.
Depois agradeceste, mas não o queria,
Não o esperava sequer,

O que fiz, faria outra vez,
Porque sei e porque já sabia,
Que por mim farias o mesmo,
Noutro dia negro qualquer.

#1222

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