Um dia, mal te conhecia,
Entrei na sala e vi-te sentada,
Sorriste e exclamaste:
“Hoje preciso de um abraço.”
Frase que estupidamente ignorei.
Depois, a amizade cresceu, cresceu,
Tanto que um dia o AMOR
Nasceu, como um furacão atravessou
O caminho que fazia, arrancou telhados,
Desfez as portas, esventrou cada janela,
Misturou os fantasmas, dissolveu a dor
Na enorme paixão, afiou a lâmina da saudade,
Parou o tempo em cada espera,
Cegou-me na tua ausência.
Disseste-me então: “Já te pedi um abraço,
Faz tempo, nem amigos éramos,
E recusaste, nem me ligaste!”.
Deu-se um nó na minha cabeça,
Foi como se um “Curto-circuito”
Me tivesse deixado às escuras,
Depois do clarão que me cegou,
Levando-me as palavras, preso
Que naquele chão fiquei.
Como fui estúpido, cretino,
Parvo; recusar-te um abraço,
Não de amor, luxúria ou prazer;
Era um simples e carinhoso abraço,
O que querias, afinal.
Nunca mais repeti, nunca mais
Recusei;
Cada vez que nos abraçamos
E o corpos se colam, se afagam,
Se completam,
Tu sabes, tu sentes,
Que não é um, mas são dois,
Um de agora, o outro
É esse… sinceramente.
#1212
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