São folhas de papel, trazidas
Pelo vento, com palavras vermelhas,
Escritas por aparo de prata, sobre
Linhas direitas, feitas de flores
Silvestres; são luzes de estrelas,
Plantadas nas gotas de orvalho,
Dançando, abraçadas
Às espigas douradas, de um trigo
Que amanheceu; são morcegos
Com asas de borboleta, nascidos
Nas cores curvas de cada
Arco-íris, que em Ti encontraram
O ouro de um pote
De ferro ferrugento: é um lobo,
Negro, de dentes afiados, escorrendo
Sangues verdes, de lagartas de mel,
Nascidas de favos dourados,
De uma colmeia no meio
De um campo de girassóis.
Cada um, deixa em mim, “Cheiros”
Que me embalam, me relembram,
Juntos num frasco guardado
Em gotas de maresia,
Na pele que cheira a TI.
#1139
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