Terra pequena, de uma rua só,
Acompanhando a estrada,
Nas casas espaçadas pelos
quintais;
A fonte de água límpida e fresca,
A mercearia do Sr. Manuel, onde
café
Também se servia, o burro
Que a água acartava, a vaca
Que a terra lavrava, depois do
leite
Esguichado no balde, gordo,
Na nata a boiar.
A “Aldeia” vivia; parecia que
dormia
Na calma de dias sem história,
Na paz das horas sem tempo,
Da água a correr pela horta;
As nossas mãos encontraram-se,
Os corpos sentiram-se, as bocas
Uniram-se num beijo de um
segundo,
Na aldeia a que não pertencíamos;
O povo adormecido acordou,
Na revolta de algo
Proibido por ali.
Na “Aldeia” o amor
Ficava à porta.
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