Morenas de olhos castanhos, de
olhos negros, altas ou não… Por aí fui andando, por aí fui espalhando as minhas
paixões, os meus amores, em eternas loucuras, namoros constantes, sexo
escaldante, cumplicidades mantidas, silêncios lidos, muitos anos, muitos dias
consumidos, vida cheia de surpresas e prazer.
Olhos azúis, outros tantos
verdes, entre louras lindas, torneadas pelas curvas das estradas que percorri,
deixaram marcas de tempestades, de furacões, de verões cheios de sol, onde os
corpos se misturaram com o Sol, com o vento, com as areias e o sal das suas
águas, em dias e noites intermináveis.
E a ruiva de olhos lindos,
sensual e completamente doida que chegou de mansinho, destruiu todas as
defesas, todas as barreiras, acordou a loucura da paixão, afiou a lâmina da saudade,
queimou nos seus silêncios, arrancou todas as folhas de papel dos blocos
velhos, escritas, desenhadas, ateou com elas uma enorme fogueira que consumiu
toda a imaginação, levantou muros com as pedras que fui deixando cair,
desmantelou castelos, derrotou dragões, chorou comigo as perdas, as derrotas,
partilhou sonhos, cumplicidades, aceitou-me no seu exército, recusou-me de dia,
acendeu-me, usou-me, consumiu-me.
Foram tantas, tantas, que não
esqueci.
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