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O MIL está quase aqui.
Novecentos e cinquenta são os que estão escritos,
Ou quase,
Porque este está no começo,
Apenas,
E nem sequer sei como acabará.
Tanta coisa aconteceu desde então,
Algumas más, outras bastante más,
Mas tantas boas,
Outras tantas apenas… aconteceram,
Passaram e se esqueceram.
Por vezes falei baixo, em surdina,
Para que não se ouvisse
O que dizia,
Mas também gritei, bem alto,
O que amava, o que amei,
O que fiz,
Com raiva, com dor, com o desespero
Que a saudade instala,
Ou no renascer, no encontrar,
No viver, no sonhar.
Também ouvi, li,
Ri,
Sonhei acordado, tracei caminhos
Ao longo de prados,
Voltei à savana que me pertence,
Enfrentei o mistério,
Encontrei um alazão que não é meu,
Lobas, Gazelas, Leoas… e os seus Leões
Adormecidos, desconfiados,
Reli no Negro a fantasia,
Em muitas noites vi
Quando da noite se fez dia.
Provoquei, oh se provoquei,
Inventei novos caminhos
Na arte que domino,
Adorei momentos, impensáveis,
Inverosímeis, lindos.
Recordei ainda momentos vividos,
Felicidades, cumplicidades, amores,
Revivi brincadeiras,
Voltei ao carro de esferas,
Desci enormes ladeiras,
Entregaram-me como sobremesa
Às “feras”.
Voltei a ser menino, adolescente,
Vibrei como homem,
E escrevi.
Mas vou continuar,
Adivinham porquê?
O MIL, não vai demorar,
2 comentários:
Gosto do que li até agora e espero muito mais do que mil. Como disse várias vezes "é um crime ficar na tua gaveta". Obrigada por partilhares.
Espero que a tinta não fique demasiado negra e a ponta da pena não se gaste ou que num dia de raiva não se me rasgue todo o papel...
Obrigado amiga. Um beijo.
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